quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Bolachas

Era uma vez uma moça que estava à espera de seu vôo,
na sala de embarque de um grande aeroporto.
Como ela deveria esperar por muitas horas pelo seu
vôo, resolveu comprar um livro para matar o tempo.
Comprou, também, um pacote de bolachas.
Sentou-se numa poltrona, na sala VIP do aeroporto,
para aguardar. Ao seu lado sentou-se um homem.
Quando ela pegou a primeira bolacha, o homem
também pegou uma.
Ela se sentiu indignada, mas não disse nada.
Apenas pensou :
"Mas que cara de pau! Se eu estivesse mais disposta, lhe
daria um soco no olho para que ele nunca mais esquecesse !!!"
A cada bolacha que ela pegava, o homem também pegava uma.
Aquilo a deixava tão indignada que não conseguia nem reagir.
Quando restava apenas uma bolacha, ela pensou:
"O que será que este abusado vai fazer agora?"
Então o homem dividiu a última bolacha ao meio, deixando
a outra metade para ela.
Ah!!! Aquilo era demais !!! Ela estava bufando de raiva !
Então, ela pegou o seu livro e as suas coisas, e se dirigiu
ao local de embarque.
Ao sentar-se confortavelmente numa poltrona, já no interior
do avião, olhou dentro da bolsa para pegar uma bala, e, para
sua surpresa, o pacote de bolachas estava lá... ainda intacto,
fechadinho !!! ... Ela sentiu tanta vergonha!
Só então percebia que a errada era ela, sempre tão distraída!
Havia se esquecido que suas bolachas estavam guardadas,
dentro da sua bolsa....
O homem havia dividido as bolachas dele sem se sentir
indignado, nervoso ou revoltado, enquanto ela se sentira
muito transtornada, pensando estar dividindo as dela
com ele. E já não havia mais tempo para se explicar...
nem para pedir desculpas!
Quantas vezes, em nossa vida, nós é que estamos comendo
as bolachas alheias, e não temos a consciência disto?
Antes de concluir, observe melhor!
Talvez as coisas não sejam exatamente como você pensa!
Não pense o que não sabe sobre as pessoas.
" Existem quatro coisas na vida que não se recuperam :
- a palavra, depois de proferida;
- a pedra, depois de atirada;
- a ocasião, depois de perdida,
- e o tempo, depois de passado".

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